sexta-feira, 28 de março de 2014

Calanque de Sugiton - Marseille Ep.10

Passamos mais um dia em Cassis e na manhã do dia seguinte fomos conhecer um pico de Waterline nas calanques de Marseille, uma calanque conhecida como Sugiton. O tempo amanheceu chuvoso, o pico que pretendíamos ir era desconhecido de todos, tínhamos pouca informação de como chegar no local onde pretendíamos montar uns Waterlines, mas estávamos no lugar certo, exceto pelo caminho que pegamos inicialmente ser o mais longo dentro de uma área de preservação que não permite a entrada de carros de passeio, o lugar tem várias estradinhas que podem confundir um pouco, mas as direções são indicadas nas principais bifurcações. Parte da equipe ficou na dúvida se iriam juntos e pediram para que fossemos na frente, beleza! Pegamos os equipos e mesmo com uma leve garoa resolvemos arriscar descobrir o pico e dá um rolé, já que era Waterline mesmo então não teríamos problema, a não pelo frio que era intenso apesar de estarmos no litoral.
Caminhamos por mais de uma hora até chegar no colo onde dá para ter uma noção da direção do pico que pretendíamos chegar, as placas indicavam o caminho certo, mas nós tínhamos estacionado o motor home numa área distante da entrada principal para Sugiton no parque Nacional das Calanques que fica próximo a um centro universitário, são vários os acessos para estas chamadas calanques que percorrem uma grande área que se estende por mais de 20 quilômetros no litoral de Marseille.
Entramos pela área de estacionamento de uma universidade, a Euromed Marseille Ecole de Menagement, o que nos levou a percorrer este caminho mais longo. Quando chegamos próximo ao pico de Waterline ficamos encantados com tanta beleza, um lugar realmente dos sonhos não apenas para fazer Waterlines nesta a água cristalina de um azul turquesa que mais parecia uma pintura com o contraste de toda beleza em volta, mas também infinitas possibilidades de Highlines além das paredes de escaladas ao redor. Como o nosso objetivo era mesmo o Waterline descemos para o pico e passamos as coordenadas para o restante da equipe. Enquanto cada um de nós esticou uma linha o Alexis esticou um Highline não muito alto, mas que ficou perfeito para compor o cenário da diversão. O tempo permaneceu um pouco fechado o que fez com que frio aumentasse ainda mais, e eu que já estava molhado fiquei congelando, após a montagem e tive que me recompor por uns 10 minutos até conseguir andar fita. Infelizmente a galera que vinha ao nosso encontro se perderam no percurso e quando chegaram no pico já estava escurecendo, cogitamos deixar as fitas esticadas para voltar no dia seguinte, mas por questão de segurança tiramos tudo e voltamos pro camping.
Esse lugar é tão lindo que definir com palavras é quase impossível então fiz uma comparação onde podemos imaginar como um daqueles cenários de belos sonhos. E no dia seguinte quando acordamos não hesitamos em voltar novamente e repetir tudo de novo. E foi o que fizemos, mas desta vez pegamos o caminho mais curto que descobrimos na volta e o Alexis levou mais um amigo chamado Luiz para curtir o rolézão de Waterline com a gente nesse ultimo dia no paraíso.
Seguimos para Sugiton, após uns 40 minutos de caminhada chegamos no pico para registrar mais um dia incrível de Waterline e Highline. Esticamos todas as fitas novamente e mais uma, então ficou cada um com uma fita esticada curtindo o Slackline no paraíso e nesse dia o tempo estava melhor ainda o que fez com que mais pessoas visitassem o local, vários barcos de passeio se aproximaram ao pico e nós viramos a atração do local.
E assim com muitas boas lembranças e saudades nos despedimos do nosso grande amigo Alexis e seguimos viagem rumo a Corcone, tem mais Highline pela frente a trip segue firme em busca de mais uma aventura pela Europa.
Acesse agora a página no facebook para ver curtir e compartilhar as fotos deste paraíso: Fanpage Album Ep.10. Não deixe de assistir o vídeo com a prévia deste episódio no site do Canal Off: Ep.10 Calanques de Marseille - Waterline e Highline

terça-feira, 18 de março de 2014

A linha do Poço Verde e Highline em Cassis Ep9


Para chegar no Pico do Highliner passamos por uma estradinha nas Gorges do Verdon, por entre essas gargantas corre um Rio de aguás claras num cenário exuberante. Então depois deste dois dias de Highline no episódio anterior, quando estávamos indo em bora fizemos o mesmo percurso beirando o rio e vi de dentro do Motorhome que dava para abrir um Waterline. Resolvemos para um pouco adiante num recuo da estradinha e descemos para dá uma olhada nas possibilidades, não encontrando muitos recursos para usar como pontos de ancoragens resolvi da uma corridinha para checar um poço que havia visto quando passamos e fiquei surpreso logo de cara. Vi que alí seria o local ideal para fazer uma bela conquista. Chamei o Gabriel que prontamente preparou o sistema de polias enquanto fui preparar os pontos de ancoragens que eram todos Naturais, usando raiz e pedra entalada para equalizar e direcionar para a Linha onde daríamos este incrível rolé para fechar com chave de oura nossa visita a este lugar.


Depois da bela conquista da Linha do Poço Verde nas Gorges do Verdon pegamos a estrada em direção a Marseille com uma grande expectativa pela aventura seguinte. Apesar de estarmos saindo das montanhas para o litoral, o próximo Highline estava localizado numa falésia a uma altitude de mais de trezentos metros e por está próximo ao mar à sensação de altura com nível do mar é realmente impressionante. O participante neste episódio é um jovem que já acumula uma boa experiência no Highline e vai nos guiar para conhecer este incrível pico de Highline e juntos também vamos desbravar um lugar que é um paraíso para prática de Waterline nas Calanques de Sugiton.
Marseille foi apenas uma referência para chegarmos então a uma cidadezinha muito charmosa conhecida como Cassis onde conhecemos o Alexis Touchard que foi a nossa primeira grande surpresa, um rapaz bem jovem acompanhado de seu pai que fez questão de acompanha-lo até esse primeiro encontro com a gente na saída do Camping onde pernoitamos. Esse fato também nos chamou bastante atenção, pois percebemos o grande incentivo da família ao filho na prática desta atividade esportiva que causa arrepios nos país só de imaginar um filho caminhando numa estreita fita sobre um enorme penhasco.
Ainda no camping conhecemos um casal super simpáticos que vivem na estrada e moram em um caminhão baú adaptado para Motorhome e de forma bem peculiar, pedimos para conhecer o interior da “casa” deles e nos surpreendemos com tanta autenticidade e simplicidade do casal. Depois do Encontro com o Alexis seguimos para falésia que culmina num mirante bem acessível à beira da estrada com uma vista incrível do litoral e a cidadezinha ao fundo.
Esticamos o Highline juntos, onde pude perceber a simplicidade e humildade do nosso novo amigo que, mesmo estando acostumado a esticar essa linha lá do jeito dele não se incomodou nem um pouquinho em deixar que eu fizesse algumas modificações para que o Highline que tem uma grande inclinação ficasse o mais horizontal possível. Um grande exemplo como tantos outros que tivemos com todos os Atletas que participaram destas aventuras com a gente permitindo essa troca de experiência.
Na parte da manhã quando já estávamos pensando em desmontar a linha para ir almoçar chegaram três pessoas entre os turistas que estavam em volta e quando se aproximaram percebemos uma certa semelhança com alguém que já conhecíamos e quando chegaram próximos da gente percebemos que eram os amigos que recentemente tínhamos conhecido no Encontro de Highliners em Verdon, foi uma grande coincidência, eles estavam no horário de folga do almoço e aproveitaram para ir até mirante onde perceberam que estávamos com o Highline esticado e foram da mais um rolézinho com a gente. Nesta agradável visita estava o Clement acompanhado de sua esposa que também anda de Highline e o outro brother deles o Antônio que também estava em Verdon. Aproveitamos para ir almoçar e voltamos à tarde para fechar o dia com um pôr do Sol sensacional.


quarta-feira, 12 de março de 2014

Gorges du Verdon – Encontro de Highliners Ep8

Ao longo de cada episódio gravado vivenciamos situações de superação que vão ficar de exemplo para todos nós, são experiências pra toda vida. Aprendizados que vamos pôr em prática e dá continuidade, momentos inesquecíveis e amizades pra sempre. É difícil encontrar palavras para descrever uma amizade verdadeira dessas, principalmente quando você vive esse sentimento puro de acolhimento, longe de tudo, da família e digamos da realidade da nossa rotina. Amizades através de uma afinidade que flui em poucas palavras e no nosso caso, devido a dificuldade dos idiomas, pouco conseguimos nos expressar, mas isso não nos impediu de manter uma boa comunicação com as pessoas que estavam com gente e participaram nos ajudando significativamente a realizar nossos objetivos, tecnicamente usamos a linguagem universal do Esporte e deu certo, e com todos os sentidos aguçados percebermos claramente, também, que além da proposta de viver essa história transformadora no Slackline, estávamos sendo bem recebidos como ser humano, acolhidos como irmão, família, velhos amigos, como se já nos conhecemos e apenas não nos víamos a muito tempo.

Como muita expectativa partimos de Mônaco direto para Gorges du Verdon onde a galera estava se reunindo para a realização de um Encontro de Highliner, este lugar é considerado o pico de Highline mais famoso na França por reunir anualmente em encontros e festivais os maiores atletas de Highliner da região e países próximos. A viagem foi longa e mais uma vez a equipe seguiu separadamente o que fez mais uma vez com que nos perdêssemos. Chegamos tarde, não encontramos o camping onde estava o outro motorhome e decidimos ir para o camping que tínhamos como primeira opção.

 No dia seguinte subimos para o pico do Highline que é um dos mais acessíveis também. Já sabíamos que algumas pessoas das quais participaram dos primeiros episódios desta trip estariam lá, entre eles o Mathieu Pertus, que nos proporcionou uma experiência incrível com o Hopeswing em Ardeche e o Guillaume Rolland que foi a pessoa mais incrível com o qual tivemos a primeira experiência com o estilo deles de andar de Slackliner e o primeiro contato que tivemos com os Highlines na europa através dele em Millau. Eu realmente estava com saudade de um amigo e confesso que no primeiro momento após cumprimentar o amigo Guillaume tive que me afastar por alguns instantes da galera, pois fiquei emocionado com o reencontro. Além disso, eram grandes as minhas expectativas para estar aqui neste lugar e viver esta grande experiência nos diversos Highlines que já estavam esticados quando chegamos.

Depois das apresentações meu parceiro Gabriel começou da o rolé dele nos Highlines menores juntamente com galera, tinha bastante gente e não lembro o nome de todos, mas nas fotos que tirei da pra identificar alguns graças ao facebook. A linha maior nos primeiros dias era uma de 65 metros, apesar de ser uma linha media para o nível da galera só uns poucos atletas estavam tentando atravessar esta linha, entre eles o atleta bem conhecido da galera na internet pelas suas roupas coloridas, antes que alguém o julguem pelo estilo gay que ele representa no Highline, o cara conhecido como Clément é um grande atleta gente finíssima casado com uma mulher linda que também anda Highline. Além do Clemont tentado a travessia grande estavam o Guillaume, mas somente que atravessou esta linha foi o Nathan Paulin que deu um rolé fantástico, a linha estava muito pesada e bem solta o que dificultava ainda mais a travessia, porém a galera deu altos rolés.

Experimentei o Highline começando pela menor linha de aproximadamente 20 metros. Percebi que as fitas realmente estavam bem soltas, mas era o que já esperávamos também. Num encontro de Highliner a galera tendo experiência é só aguardar a vez se encordar, checar a segurança e entrar fita para curtir o rolé, então quem está afim de andar tem que ficar na fila, ficar ligado na vez e respeitar a galera que também está treinando. Foi o que fiz, já que não tínhamos esticado nenhuma linha no Evento! Após o meu primeiro rolé percebi que não estava bem, quando você entra na linha de Highline para se equilibrar é preciso esvaziar sua mente de qualquer perturbação e pensamentos negativos para reativar com positividade e focar no desafio à sua frente que equilibrar-se. Infelizmente percebi o quanto estava mal neste momento, em cima daquela estreita fita sobre um vazio enorme de tremer as pernas, confesso, vinha na minha cabeça somente as palavras ruins que ainda zumbiam nos meus ouvidos, estresse da viagem e momentos pesados que se tornavam um degrau difícil para passar naquele momento. Um Highline incrivelmente lindo de 30 metros aproximadamente com fita gostosa de andar, mas que fugia dos meus pés pela ausência do foco. Um tanto desestabilizado, algo que já mais permitirei que se repita. Saí da fita deixando a livre para galera se divertir e fui desabafar com meu amigo da equipe Diogo. O compromisso com um bom resultado da Trip estava em jogo pela responsabilidade que tenho com este Programa, após trocar falar sobre várias coisas me sentir mais leve, mas apenas apreciei o resto do dia com galera dando um show de equilíbrio.

O primeiro dia se encerrou com uma fogueira no acampamento, a galera se reuniu em volta para fazer um som e curtir anoite, o Gabriel, o Paul e eu nos juntamos a eles. Como a comunicação não era tão boa, a música e os instrumentos tocados pelo Gabriel e o Paul se encarregam de quebrar o silencia da noite fria. Degustamos de um vinho acompanhado de uns petiscos, mas logo saí de sena, estava sentindo muito frio nos pés e lembrei que havia deixado meu tênis no chão atrás do motorhome lá em baixo no estacionamento do pico do Highline, quando subimos para o acampamento tive a impressão de termos subido uns dois minutos de carro, então desci a pé para resgatar o tênis, caminhei por uma hora e 20 minutos, não encontrei e voltei para dormir. No dia seguinte tive a boa notícia que não tinha perdido meu calçado, o Gabriel tinha guardado no porta-malas.

No segundo dia algumas pessoas já tinham ido embora e outras haviam chegado, entre eles o grande recordista mundial de Waterline, o atleta Mitch Kemeter com o qual tive um breve contato após ele realizar uma escalada. A galera mais uma vez deu um show nos Highlines e inciaram a montagem de uma grande linha de 120 metros aproximadamente, tive o prazer de acompanhar um pouco a montagem, mas logo tivemos que partir, pois ainda tínhamos muito chão pela frente. Na descida de Verdon, passando as margens do Rio que serpenteia a estrada vi a possibilidade de abrir um Waterline, paramos o motorhome num recuo a beira da estrada e descemos para chegar as possibilidade, lembrei de um poço que havia avistado de dentro do carro e corri para verificar, tínhamos pouco tempo, mas essa conquista era quase uma questão de honra, uma oportunidade única e que fecharia a missão neste lugar. Chegar no lugar me deparei com um poço incrível com uma água parecendo uma esmeralda, gritei pra galera dando a certeza eu iríamos ali realizar mais um grande feito e iniciamos a missão, a ancoragem foi em pontos naturais e a montagem foi mais fácil que encarar o frio da água gelada. Esta linha ficou batizada como a Linha do Poço Verde, certamente renovado depois deste rolé incrível pegamos a estrada e seguimos em direção a Marseille no Sul da França.

Segue o link do album com mais fotos: Gorges du Verdon - Fotos Facebook Ep8 e o trailer no Canal Off: Encontro de Highliners Episódio8

sexta-feira, 7 de março de 2014

Milão Itália - Conquista em Mônaco Ep7

Saímos das montanhas e partimos direto para o centro de uma das cidades mais charmosas e badaladas da Itália, Milano. Realmente linda também culturalmente. Eu não conhecia nada da Europa, até os lugares que pesquisamos para fazer Highline que achávamos que conhecíamos através das fotografias, nos surpreenderam muito com tanta beleza, são paisagens diferentes de tudo que já tínhamos visto e imaginávamos. E talvez por ter esse olhar diferente, exploramos os melhores cenários deste Esporte que se consagrou no “outro mundo”, tornando a Europa, a França principalmente, no Polo do Highline no Mundo e vamos mostrar o porquê nesse longo período que vivemos lá.
Mas tudo, apesar dos contratempos, oferece opções. Foi assim quando chegando em Milano, o primeiro dia foi com chuva, tempo muito ruim que virou um Day Off. Aproveitamos para andar um pouco pela cidade, não deu para conhecer muita coisa, mas mesmo com chuva e valeu muito. No dia seguinte andamos um pouco de Slackline com a Estátua de Napoleone III num parque que fica próximo ao Castello Sforzesco. À tarde encontramos com amigo que nos levou para mais passeio urbano passando pela Catedral e seguindo por uma incrível galeria onde do outro lado tem uma estátua muito famosa do Leonardo Davince, e com um ponto perfeito para andar de Slackline não hesitamos e esticamos uma fitinha para dá mais um rolé, foi bem legal para registrar a nossa passada por está cidade, mas logo vieram uns guardas e pediram para gente retirar a fita, a gente sem falar nada de Italiano fez com que o guarda fiscalizasse nossos passaportes e sem problemas seguimos o nosso passeio.
Para fechar a despedida o Sirio Zao convidou o Gabriel para conhecer uma academia onde eles praticam Trickline todas as noites, e para quem gosta dessa modalidade fomos conhecer um atleta que treina nesta academia que é bem conhecido na modalidade por suas ousadas manobras de Trick, o Lukas Huber, depois dessa sessão de Trickline seguimos viagem à noite mesmo em direção a um pico de Highline no Principado de Mônaco.
A viagem foi muito exaustiva, chegando no Centro de Mônaco de motohome já por volta das quatro horas da madrugada, sem conseguir um camping ou mesmo um local adequado para estacionar, seguindo por algumas ruas apertadas o segundo motohome da equipe se perdeu seguiu para uma outra cidade para pernoitar. Demos mais algumas voltas e encontramos um estacionamento em frente a uma linda praia no Centro desta cidade que é uma das mais charmosas do mundo onde amanhecemos. O descanso foi pouco, mas valeu por ter acordado neste paraíso, tomamos um café rapidamente e seguimos para fazer o reconhecimento do Pico do Highline, enquanto o restante da equipe chegava, procuramos uma linha conquistada pelo Jullien Millot, mas por causa da espessura dos pontos de ancoragens não pudemos esticar esta linha que por sinal é muito bela com desafio de 35 metros. 
Não conformado em deixar o pico sem fazer nada, resolvi explorar a área um pouco mais e consegui visualizar uma nova linda de Highline. Começou então uma corrida contra o tempo, tínhamos uma longa viagem para fazer saindo dalí e com o atraso da equipe sobrou pouco tempo para essa conquista, mas conseguir visualizar pontos de ancoragens de um dos lados e do outro umas chapas fixas do final de uma Via de Escalada. Além disso, as rochas têm muitos paraboults fixos que podem servir para melhorar a ancoragem, mas tem que ser chapa de 12mm. Até aí sem problema, conseguir usar outro lançando um bloco. Preparei tudo contatando com a ajuda do meu parceiro Gabriel Faria que não se mostrava muito disposto aparentemente e não muito encantado com a conquista.
Então tivemos um momento de muita tensão, não dizer exatamente porque, talvez devido ao longo período de convivência no mesmo espaço durante muitos dias na estrada. Mas tudo fica exemplo para todos nós! No meu ponto de vista, neste caso, faltou parceria e um mínimo esforço de início para conquistarmos um impressionante Highline no topo de uma montanha no Principado de Mônaco. Isso ou talvez pelo cansaço de uma noite mal dormida, não sei! Não puder ver no meu parceiro neste dia a mesma vontade de fazer uma bela história com essa conquista naquele lugar. Apesar do Gabriel já ter adquirido bastante experiência ao longo dessa trajetória, na ocasião por eu querer dividir tecnicamente a conquista desta Linha, dando a ele a oportunidade e a responsabilidade de está envolvido com a segurança, principalmente quando se trata de um Highline para que não aja erro. Neste caso, depois de tudo pronto para esticar a fita, em uma pequena manobra de alteração para diminuir o sistema de redução e alongar a fita, ele foi para o outro extremo do Highline e ao fazer essa alteração colocou a fita do lado errado no Line Lock ou apenas uma e a outra solta, também não soube explicar! O equipamento que só trava de um dos lados. Mesmo distante, ao perceber isso, resolvi deixar que ele corrigisse o erro, eu apenas cobrei um pouco mais de comprometimento com quem está do meu lado envolvido com a nossa segurança como um todo. Daí, para completar o tempo mudou repentinamente e o estresse se juntou ao vendaval no vão do abismo que iríamos transpor, o penhasco se tornou um grande corredor de vento muito forte, a fita se descolou do backup e como estava destravada... ficou flutuando no espaço, não adiantou mais nada, meu parceiro se irritou com tudo e quase abandonou a missão, mesmo depois que eu fui ao outro lado e prendi a fita novamente não adiantou tencionar mais a Linha, as condições adversas tornaram impossível continuar. Desmontamos tudo e com um clima ainda ruim discutimos sobre o ocorrido! Mas como disse antes, tudo fica de exemplo! Para conquistarmos o que parece impossível, é preciso que cada um faça o possível. E muitas das vezes, por mais que você possa fazer tudo, quando se trabalha em equipe é necessário deixar que a outra pessoa faça um pouco do trabalho também, para se superar ou mesmo aprender com o próprio erro. De qualquer forma constituímos uma boa equipe e assim todos festejamos no final dessa Trip com a mesma intensidade sobre todas as conquistas realizadas. E este Highline, apesar de não ter andando, devido às condições, constitui mais uma conquista realizada com aproximadamente uns 30 metros que batizo de Linha do Vendaval, um dia pretendo voltar para repetir esses dois belos Highlines nesta montanha que tem um visual magnífico da cidade lááá em baixo.

Assista o trailer deste super episódio: Ep7 Milão e Mônaco

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